Segundo consultores empresariais, para aliviar as tensões provocadas pelas metas é preciso equilibrar vida pessoal e profissional.
Por Rômulo Martins
Metas devem ser realistas, mas desafiadoras. Sendo assim, não dá para fugir da pressão por melhores resultados. Afinal, o desafio é colocado não apenas para garantir o sucesso das organizações, mas também para impulsionar a carreira do profissional ao estimulá-lo a vencer e a superar obstáculos com excelência.
Todavia, por mais bagagem técnica e vivência adquiridas é natural que o profissional fique tenso com a pressão causada pelas metas. É preciso ter uma válvula de escape. “A geração workaholic passou. A geração Y consegue ter um melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Ou seja: é uma geração que não é só trabalho”, diz Fabiano Caxito, consultor de carreira e autor do livro “Não deixo a vida me levar, a vida levo eu” (Editora Saraiva).
Para os consultores organizacionais ouvidos pelos Empregos.com.br o profissional completo deve saber administrar o tempo para aproveitar melhor a vida pessoal e atingir a excelência no trabalho. Consultor do Idort São Paulo, Luiz David Carlessi afirma que o profissional deve realizar tarefas de descompressão. Para ele, praticar atividades esportivas, fazer meditação, ler livros e ter fortes laços de afetividade com a família e com os amigos podem ser essenciais para a construção de uma carreira sólida. “É necessário ter inteligência emocional”, resume.
Na visão de Luciano Meira, diretor de conteúdo e facilitação da FranklinCovey, o comportamento adotado pelo profissional perante a pressão provocada pelas metas tem a ver com vivência. De acordo com o consultor, maturidade na vida profissional se alcança com erros e acertos. Mais importante que conquistar resultados, diz Meira, é conhecer os seus próprios valores e detectar se eles estão alinhados com a cultura organizacional. “O importante é se preocupar em fazer a coisa certa. Se o profissional se preocupa muito com o resultado ele corre o risco de sucumbir diante da pressão”.
Recursos inteligentes
Ferramentas tecnológicas, trabalho em equipe, espírito de cooperação, recursos que ajudem o profissional a se conhecer melhor como a terapia ocupacional e até networking são instrumentos de descompressão que podem contribuir para a excelência no trabalho e facilitar o alcance das metas.
Carlessi diz que o coaching pode fazer diferença no desempenho dos funcionários. Nesse sentido, os líderes devem ficar atentos para descobrir quais são as necessidades de sua equipe. “O gestor é o grande negociador junto à organização para a formulação das metas. Ele deve preparar a equipe para o alcance dos resultados, adequando as metas à realidade da empresa, bem como acompanhar a performance dos colaboradores, dar feedback e corrigir o rumo se necessário”.
Para Meira, o profissional pode utilizar ainda o mural que indica o desempenho da equipe como um termômetro para avaliar se está contribuindo da melhor forma para a conquista das metas ou está aquém do resultado esperado. “Uma agenda semanal bem montada que considere as prioridades pode ser um recurso eficaz”, diz o consultor.
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