sexta-feira, 30 de abril de 2010

Palestra na Universidade Bandeirantes

Em evento sobre Liderança, falei sobre Planejamento de Carreira para alunos do Curso de Recursos Humanos da Universidade Bandeirantes.
Palestra realizada 29/04/2010.







Palestra Justiça Federal.

Realizei uma Palestra na terça-feira (27/04/10) na Justiça Federal.
Transmitida ao vivo para 45 Fóruns em diversos estados, realizei palestra sobre Marketing Pessoal e Desenvolvimento Profissional.







Programa "Todo Seu"

Em entrevista com Ronnie Von, falei sobre as pesquisas realizadas sobre a Geração Y, tema de meu próximo livro.

Algumas fotos tiradas durante a gravação do programa.





Entrevista no Programa "Todo Seu"

Livro aborda temas para acelerar a carreira

“Este livro é como um companheiro confiável, capaz de explicar, descomplicar e auxiliar nas decisões de carreira. Vale a pena lê-lo por inteiro, e depois mantê-lo sempre próximo, como fonte de consulta”
Max Gehringer, administrador de empresas e escritor

livro_saraivaGestão de carreira e Zeca Pagodinho podem parecer assuntos totalmente distintos. Mas, foi no samba Deixa a vida me levar, interpretado pelo músico, que Fabiano Caxito — doutorando e mestre em administração estratégica e graduado em gestão financeira — encontrou o mote para tratar do tema. Em seu livro Não deixo a vida me levar, a vida levo eu (Editora Saraiva), Caxito reúne pontos fundamentais para responder a pergunta que muitas pessoas hoje se fazem: afinal, o que é importante para ser um profissional de sucesso — seja atuando numa empresa ou gerindo o próprio negócio? Para Caxito, o principal diferencial está em tomar as rédeas da vida profissional. O professor, que além da atuação acadêmica também trabalhou em grandes empresas, usa sua própria experiência como exemplo. Há alguns anos, ele colecionava bons resultados mas estava com a carreira completamente estacionada. Apesar dos atributos para uma promoção, a oportunidade não aparecia. A virada para Caxito foi justamente quando ele decidiu: não deixarei mais a vida me levar. Eu levarei minha vida.
Em Não deixo a vida me levar, a vida levo eu, o professor aborda temas como plano de ação e plano de carreira, marketing pessoal, a importância de se falar bem em público, a boa utilização da rede de contatos (network), o papel das atividades de voluntariado, entre outros. Em alguns capítulos, utiliza exercícios que contribuem para a reflexão e a escolha de caminhos que de fato sejam adequados ao perfil de cada um. A necessidade de se manter atualizado é outro assunto tratado por Caxito, num esclarecedor resumo sobre cursos de pós-graduação no Brasil e a melhor indicação para cada caso. No capítulo final, o autor convida os leitores a acelerarem sua carreira e levarem a vida em direção a seus sonhos.
Fabiano Caxito é coordenador dos cursos de especialização em Logística das Operações Comerciais, Comércio Exterior e Gestão em Vendas da Universidade Cidade de São Paulo, instituição na qual é professor do curso de Graduação Tecnológica e assessor da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários, Culturais e de Extensão. É autor dos livros Recrutamento e Seleção e Administração da Produção, publicados pela editora IESDE, e do Guia dos Cursos Tecnológicos do Ensino Médio à pós-graduação em apenas 3 anos (editora Digerati). Assina também a coluna “Acelere sua carreira”, da revista Yellow Magazine, de circulação mensal na cidade de São Paulo.


Cursos tecnológicos ganham espaço na sociedade. Número de matrículas na modalidade cresceu 390% de 2002 a 2007

O Censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro, revela uma tendência: a valorização dos cursos superiores de tecnologia. Historicamente marcada pela valorização dos bacharéis, os cursos tecnológicos, mais voltados para o mercado de trabalho, conquistaram espaço na sociedade. De acordo com o censo, o número de alunos que ingressaram em cursos de tecnologia cresceu 390% de 2002 a 2007, passando de 38.386 para 188.347. Foi o maior crescimento de matrículas registrado no período e a expectativa é que cresça nos próximos anos, isso porque o censo de 2007 ainda não reflete a expansão da rede federal nem a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, nos quais 30% das vagas estarão reservadas a cursos superiores de tecnologia. Até o final de 2010, a rede federal contará com, no mínimo, 354 escolas técnicas. Em 2005, ano do início da expansão, eram 140. Os Cursos Superiores Tecnológicos (CST) tem como objetivo formar profissionais aptos a desenvolver de forma plena e inovadora as atividades de um determinado eixo tecnológico e com capacidade de utilizar, desenvolver ou adaptar tecnologias com a compreensão crítica. Ou seja, alia o conhecimento às necessidades do mercado. A grande vantagem do CST é o tempo de duração do curso que, em geral, é de 2 a 3 anos, o que significa economia de tempo para aqueles que querem uma entrada mais rápida no mercado de trabalho. Outra característica importante é o foco específico do curso onde o profissional está certo de sua área de atuação. Em entrevista exclusiva à TIC Educação, o especialista em cursos de Tecnologia, Fabiano Caxito, explicou que, diante das demandas da sociedade do conhecimento, as universidades tornaram-se mais voltadas às exigências do mercado de trabalho. O professor falou ainda sobre uma pesquisa que realizou em 350 empresas de São Paulo para investigar a aceitação do tecnólogo no mercado de trabalho. Segundo ele, existe ainda um grande desconhecimento por parte do profissional de recursos humanos sobre o que é o curso tecnológico.

TIC – A valorização dos cursos superiores de tecnologia é uma tendência atual verificada pelo aumento do número de alunos que ingressaram em cursos de tecnologia, que cresceu 390% de 2002 a 2007. O que explica essa evolução?

Fabiano Caxito – O crescimento da procura e, conseqüentemente, da oferta de cursos tecnológicos no Brasil se insere em um quadro mais amplo de evolução da educação em todo o mundo. A educação superior ganha um novo papel em um mundo globalizado e no qual novas tecnologias constantemente impactam o mercado de trabalho. Diante das demandas da 'sociedade do conhecimento', as universidades são pressionadas a tornarem-se mais voltadas para as exigências do mercado. A procura por uma maior profissionalização e a explosão dos cursos tecnológicos é decorrente de dois fenômenos que afetam o mercado de trabalho:

- Reorganização produtiva: as organizações buscam reduzir drasticamente seus custos de operação, com o intuito de aumentar a competitividade nos mercados nacionais e internacionais. Dentre as formas encontradas pelas empresas para reduzir seus custos, pode-se citar a terceirização de parte de suas atividades antes desempenhadas pelas empresas.

- Avanço da ciência e da tecnologia mudou as rotinas de trabalho: ferramentas como os microcomputadores provocaram uma revolução nas práticas de gestão dos serviços administrativos, comerciais, dos escritórios, a bancária e dos meios de pagamentos. Os profissionais devem conhecer não somente os equipamentos como também dominar os aplicativos utilizados em sua área funcional, e principalmente, entender as informações com as quais trabalham, estratégicas tanto para a sua quanto para outras áreas funcionais.

Estas duas grandes tendências são influenciadas por outras implicações referentes à qualificação destes profissionais, como a reestruturação do processo produtivo decorrente da globalização, a abertura das economias nacionais aos mercados externos, a criação de blocos econômicos regionais, o aumento da preocupação da empresa com o meio ambiente, o crescimento da quantidade de organizações não-governamentais, as transformações nas relações e nas formas de trabalho, os novos padrões de consumo e o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias baseadas na microeletrônica.

TIC – Embora tenha tido crescimento nos últimos anos, ainda existe preconceito quando o assunto é Curso Superior Tecnológico. Muitos tecnólogos reclamam, por exemplo, que as empresas, ao selecionar os candidatos, dão preferência ao bacharel. Por que isso ainda existe no Brasil? Fabiano Caxito – Com o objetivo de verificar a aceitação dos cursos tecnológicos pelo mercado de trabalho, realizei, com a ajuda de meus alunos do curso tecnológico de Recursos Humanos da Universidade da Cidade de São Paulo (Unicid), uma pesquisa com empresas nesta cidade. O estudo teve por objetivo principal medir o grau de aceitação do egresso dos Cursos Superiores em Tecnologia pelo mercado de trabalho por meio de uma pesquisa realizada com 355 empresas atuantes em São Paulo e verificar se o conhecimento da estrutura e dos objetivos desta modalidade de cursos por parte dos profissionais de Recursos Humanos (RH) das organizações influencia a aceitação dos tecnólogos. A análise dos dados coletados permite concluir que, apesar do aumento da quantidade de vagas de Cursos Tecnológicos oferecidas pelas IES, o mercado de trabalho ainda não aceita completamente o tecnólogo como um profissional de nível superior. Esta não aceitação parece estar ligada a um desconhecimento da estruturação e dos objetivos dos Cursos Tecnológicos. O grau de aceitação dos egressos entre as empresas nas quais os profissionais de Recursos Humanos demonstraram conhecer tais cursos é maior do que o encontrado dentre as empresas que desconhecem os objetivos da graduação tecnológica. Gradativamente, com a elevação do número de formados e um maior conhecimento do real significado dos Cursos Tecnológicos, o mercado de trabalho está aceitando mais facilmente os tecnólogos. Em geral, empresas que buscam competências específicas são mais abertas aos graduados em Cursos Tecnológicos. Por este motivo, o curso tecnológico normalmente é mais procurado por profissionais que já estão no mercado.

TIC – Qual a diferença entre o curso tecnológico e o curso superior tradicional e as vantagens do primeiro?

Fabiano Caxito – Existem duas diferenças básicas entre o Curso Tecnológico e o bacharelado. O Curso Tecnológico dura, em média, de dois a três anos. Os bacharelados geralmente são concluídos em quatro anos a seis anos. A outra diferença é o foco do curso. Por serem mais curtos, os Cursos Tecnológicos dão uma formação mais específica. Os bacharelados são mais abrangentes, mais generalistas. Os cursos tecnológicos são focados dentro de um determinado campo de atuação e voltados para a educação profissional. Por isso, são mais profundos. São cursos ideais para quem já está inserido no mercado e pretende aprimorar a carreira. Foram desenvolvidos para responder às novas tendências do mercado que cada vez mais exige profissionais com perfil diferenciado dotado de competências e habilidades específicas. O que quero salientar é que o Curso Tecnológico não é melhor nem pior que o bacharelado. São apenas diferentes. O objetivo do Curso Tecnológico não é formar um administrador em dois anos, mas sim formar um profissional que atenda a uma demanda específica do mercado de trabalho. Por outro lado, o curso tecnológico não é meramente um curso técnico, como os cursos de nível médio. Por exigência do MEC, de um terço a metade da grade de disciplinas do curso são voltadas à formação geral e humana do aluno.

TIC – O que podemos esperar nos próximos anos para essa modalidade, uma vez que o governo está expandindo a rede federal com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, nos quais 30% das vagas estarão reservadas a cursos superiores de tecnologia?

Fabiano Caxito –

De acordo com o parecer emitido por especialistas do Conselho Federal de Educação em 2001, "[..] os cursos superiores de tecnologia parecem ressurgir como uma das principais respostas do setor educacional às necessidades e demandas da sociedade brasileira [...]". Sguissari, em um artigo intitulado "Educação Superior no Limiar do Novo Século: Traços Internacionais e Marcas Domésticas", analisa as mudanças da educação superior em 14 países e afirma que as mudanças ocorridas na educação superior brasileira, dentre elas a criação dos cursos tecnológicos, encontra paralelo nas políticas e reformas da educação superior adotadas em outros países, como Canadá, Austrália e Argentina. O modelo de ensino canadense vincula a pesquisa universitária às necessidades da indústria, agilizando a transferência de conhecimento da universidade para a empresa, transformando o conhecimento em ferramenta para elevar a produtividade e incrementar a competitividade internacional do País. A reorientação de projetos educacionais privilegiou as disciplinas mais próximas ao mercado e a pesquisa aplicada. No caso da Austrália, a reforma educacional é claramente ligada à economia nacional e às necessidades do mercado de trabalho. Também na Argentina o processo de modernização do sistema educacional respondeu a interesses de natureza econômica. No Brasil as reformas da educação superior guardam semelhanças com as ocorridas nos países citados. A regulamentação dos cursos tecnológicos foi uma forma de aproximar ainda mais o ensino às necessidades do mercado de trabalho. O governo tende a investir na rápida formação de quadros para o mercado como forma de evitar um apagão de mão de obra que possa comprometer o crescimento econômico do país. Creio que com o aumento do número de egressos de cursos tecnológicos que chegam no mercado de trabalho, crescerá a aceitação destes profissionais, pois as instituições sérias vem implantando projetos extremamente modernos nestes cursos. A Universidade da Cidade de São Paulo, instituição na qual leciono, adota, em todos os seus cursos tecnológicos, o currículo por competências, organizado por módulos, o que há de mais atual em matéria de organização curricular. O sucesso do modelo é tão grande que está sendo implantado nos bacharelados e licenciaturas da instituição.

Fonte: Odisseu - Agência de Informação



DIPLOMA X EXPERIÊNCIA O que vale mais na disputa por uma vaga no mercado de trabalho?

Dos alunos de nível médio que estudaram em escolas técnicas federais, 72% estão empregados. É o que diz uma recente pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação (MEC). Desses, 65% trabalham em sua área de formação. Mas quando a disputa envolve alunos de cursos tecnológicos e alunos de cursos universitários, quem leva a melhor? O mercado recebe o tecnólogo da mesma maneira que recebe um bacharel? Entrevistamos o professor, mestre em Administração, assessor da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), Fabiano Caxito, para dar dicas à galera que está pronta para “arregaçar as mangas”. Confira.

Conexão Aluno (CA) - Por que os cursos tecnológicos atraem cada vez mais os jovens no Brasil?

Fabiano Caxito - Acho que houve uma explosão de procura depois de 2002, 2003. Antigamente, as pessoas eram um pouco mais velhas. Já estavam no mercado e não tinham como crescer no trabalho. E, principalmente, não tinham tempo nem condições de buscar um bacharelado, de maior duração.

Hoje, você percebe uma mudança na faixa etária dos alunos. Eles são mais jovens, saíram do ensino médio. Como a formação do curso tecnológico é mais técnica e específica, ele consegue uma boa colocação no mercado. Quer um exemplo?

Vamos usar o curso de Gestão de Administração, que é bastante procurado. Quando o aluno faz bacharelado, ele tem 80 horas de Administração, 80 horas de Marketing, Logística etc. A formação é generalista. Agora, quando ele faz um tecnológico, ele tem 160 horas sobre RH. Torna-se um especialista. Esse é o profissional que a empresa busca. Alguém que já possa atuar em uma área específica.

CA - Quais as vantagens e desvantagens em relação ao curso universitário?

Fabiano Caxito - A comparação tem que ser feita com cuidado porque o foco e o objetivo são diferentes do bacharelado. O bacharelado forma o profissional generalista. O curso tecnológico tem uma proposta de formação mais adequada ao mercado de trabalho, que proporciona colocação mais rápida, num cargo específico. O curso tecnológico não te dá a formação humana que o bacharelado oferece, como aquele bloco de competências de Antropologia, Sociologia etc.

O aluno tem que acertar na sua escolha. Senão, depois do curso ele tem que começar tudo de novo. Mas a grande verdade é que, independentemente disso, o aluno faz a diferença. Ele tem a capacidade de estudar sozinho, ler, se destacar. Ele pode ter feito um curso tecnológico e ter uma visão ampla das coisas.

CA - Os alunos dos cursos tecnológicos se destacam na disputa por uma vaga no mercado de trabalho?

Fabiano Caxito - Na pesquisa, percebemos um desconhecimento grande por parte do profissional de RH sobre o que é um curso tecnológico. Quando perguntamos o que eles conhecem, fazem confusão. Uns dizem que são cursos para o ensino médio, outros dizem que é um curso menor, resumido, quando na verdade não é isso. O profissional de RH não entende que o curso tecnológico tem a proposta de formar o profissional em uma área específica do conhecimento.

A pesquisa mostra que na hora de escolher o candidato, se o RH tem um tecnólogo com pouca ou nenhuma experiência, o bacharel será selecionado. Agora, se os dois profissionais têm experiência, essa diferença de aceitação cai bastante. Mas, se o tecnólogo tem experiência profissional e fez uma pós-graduação, o RH vai optar pelo profissional que tem o conhecimento da pós-graduação.

CA - E por que essa falta de conhecimento sobre o assunto?

Fabiano Caxito - O desconhecimento tem uma razão. Os cursos de bacharelado existem há mais de 40 anos. E os tecnológicos, nessa configuração atual, só foram criados em 1996. Eles começaram a ser oferecidos nas escolas por volta de 2000, 2001. E formaram alunos somente em 2004. Ou seja, são cursos muito novos. Os alunos que chegaram ao mercado são poucos, e ainda não podem ser usados como base de comparação. Tudo o que é desconhecido gera preconceito. Sobre um tema específico, o tecnólogo sabe mais que o bacharel.

CA - Com a novidade dos cursos tecnológicos, os professores tiveram que se adequar a esse novo perfil de alunos?

Fabiano Caxito - As instituições de ensino tiveram que reaprender. Temos que preparar o professor para dar aulas para um curso tecnológico. Ele vai conviver com alunos que têm experiência no mercado e deverá usar esse conhecimento do aluno para transferi-lo ao grupo. Aquela relação de poder entre aluno e professor deixa de existir.

CA - Quais os cursos mais procurados?

Fabiano Caxito - Depende da realidade na qual o aluno está inserido. Se você estiver em Pirassununga, no interior de São Paulo, a procura será pelo curso de Produção de Cachaça. Mas se você estiver em uma grande cidade, os cursos mais procurados são os de Gestão e Informática. Assim como cursos de Telecomunicações e Redes de Comunicação.

Até 2006, as instituições de ensino superior podiam oferecer o curso que quisessem. Um curso poderia ter até 30 denominações diferentes. Por isso, o MEC criou o catálogo de cursos superiores com 96 nomenclaturas. Clique aqui para conferir o catálogo.

CA - E aqueles que têm possibilidade de crescimento?

Fabiano Caxito - Os cursos de RH e Finanças são muito bem aceitos porque essas áreas sempre são bastante estruturadas nas empresas. Outra área que tem chamado a atenção pelo potencial de crescimento é a área de Logística. As empresas tem visto como um potencial a ser investido. E você não tem muitos profissionais formados nessa área.

CA - Que dica você deixaria para os alunos?

Fabiano Caxito - O que eu defendo junto aos alunos com os quais me relaciono é que é imprescindível para o tecnólogo fazer pós-graduação imediatamente ao final do curso. Enquanto o aluno faz um curso de bacharelado, o tecnólogo se forma e depois faz uma pós-graduação.

Você tem dois anos para se dedicar ao crescimento profissional. Use esses dois anos para crescer profissionalmente. Isso não vai mudar a sua vida, mas é o começo. Quando você entra na faculdade, cai na ilusão do boteco, do barzinho. Use o seu tempo para aprender!

E faça networking. Muitos alunos poderão ser gerentes de empresas, diretores. E eles se lembrarão de quem se destacou.


Graduação tecnológica: pesquisa aponta boa aceitabilidade pelo mercado de trabalho

Pesquisa realizada na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) no mês de setembro, com 373 alunos do alunos formandos dos cursos tecnológicos da área Gestão e Comércio, revela que mais de 90% dos universitários avaliados estão empregados e já conseguiram um reconhecimento em suas empresas ou pelo mercado. Tanto que 33,5% foram recolocados profissionalmente, mesmo antes de se formar, e 26,8% já conseguiram a tão sonhada promoção.

O professor responsável pela pesquisa, Fabiano Caxito, atribui o resultado à atratividade que os cursos tecnológicos despertam, por serem voltados num determinado campo de atuação e para a educação profissional. “A inserção de tecnólogos no mercado também é alta, porque eles possuem um conteúdo focado e atendem demandas específicas de mercado”, afirma. Com duração média de quatro a seis semestres, a UNICID oferece hoje 31 cursos nas seguintes áreas: comércio, indústria, gestão, design, comunicação, turismo e hospitalidade, informática, telecomunicações, meio ambiente e lazer e desenvolvimento.

Os mais procurados atualmente são os do eixo de Gestão e Negócios, que contam hoje com três mil alunos matriculados nos cursos: Gestão Financeira, Gestão de Recursos Humanos, Auditoria e Controle de Qualidade nas Empresas, Marketing, Logística, Comércio Exterior, Segurança Empresarial e Agências Bancárias. Para o coordenador dos cursos, o professor Wanderley Gonçalves, a procura pela área reflete a necessidade por uma formação especializada. “Eles respondem às novas tendências das empresas, que cada vez mais exigem profissionais com perfil diferenciado”, afirma.

É o caso de Francisco Assis Barreto de Albuquerque, 25 anos e aluno 2º semestre do curso tecnológico de Processos Gerenciais. Há oito anos atuando em uma empresa de automação industrial na área de Engenharia, ele buscou o curso para vislumbrar novos horizontes profissionais. “Buscava uma formação mais focada para trabalhar na área de Planejamento da Empresa. E no curso tecnológico encontrei um projeto pedagógico que atendia minhas necessidades, para empreender dentro da organização. O resultado não poderia ter sido outro, fui promovido a analista de planejamento estratégico”, afirma.

Já Alexandre Sandrin, 33 anos, tinha uma ampla experiência de mercado na área comercial quando iniciou o curso de Gestão em Marketing na Universidade. O que almejava era ter um diploma superior para então ingressar numa pós-graduação e iniciar uma nova carreira como professor universitário. “A graduação tecnológica é a ponte mais rápida para a realização de uma pós-graduação”, comenta.


Guia esclarece dúvidas sobre os tecnológicos

Fabiano Caxito acaba de lançar o livro “Guia de Cursos Tecnológicos 2009 – Do Ensino Médio à Pós-Graduação em apenas 3 anos!”, pela editora Digerati Books. Em suas 107 páginas, ele tem como objetivo orientar e esclarecer dúvidas referentes aos cursos de Graduação Tecnológica, sua aceitação no mercado de trabalho, entre outros. A publicação é encontrada nas principais bancas e livrarias de todo o Brasil.

Projeto Pedagógico é diferencial na Universidade

Os Cursos Tecnológicos da Universidade Cidade de São Paulo têm seus projetos pedagógicos construídos a partir da concepção de currículo por competências. São cursos modulares que conferem certificações intermediárias de qualificação profissional, objetivando que o aluno amplie as possibilidades de inserção no mercado de trabalho. A organização modular é constituída por unidades curriculares que compreendem bases tecnológicas necessárias para a aprendizagem de conceitos, habilidades e atitudes. Os módulos são flexíveis e permitem o trânsito do aluno entre as unidades e entre os cursos, pois não possuem a antiga fórmula dos “pré-requisitos”. Para orientar o aluno no seu percurso de formação e promover este movimento interdisciplinar, o Centro Tecnológico da Universidade conta com uma equipe de professores-tutores. Todos estes fatores conjugados dão aos cursos tecnológicos um viés profissional, especializado numa área de atuação, mas solidamente relacionado a uma educação que vai para além da “formação para o mercado”. Abrange a profissionalização criativa, com autonomia, competente não na reprodução, mas na produção de novos conhecimentos e tecnologias.

Processo Seletivo de meio de ano

A Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) recebe até o dia 15 de outubro, inscrições para o Processo Seletivo tradicional e por agendamento, com turmas para fevereiro de 2009. A prova tradicional acontece no dia 19 de outubro, das 10 às 14 horas, no campus da instituição, localizado no bairro do Tatuapé. A taxa de inscrição é de R$ 30,00. Nesse Processo Seletivo 2009, a Universidade lançou sete cursos. Na graduação tecnológica serão: Construção de Edifícios, Design de Moda (Negócios de Moda), Gestão Desportiva e de Lazer, Gastronomia (Gestão de Negócios Gastronômico) e Gestão Hospitalar. Na graduação tradicional serão: Engenharia Ambiental e Engenharia Civil. Os candidatos poderão fazer a inscrição do Processo Seletivo pelo site da Universidade, no Centro de Atendimento ao Aluno (CAA), em postos autorizados e pelo telefone (11) 2178-1212, das 9 às 20h30, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 9 às 14 horas. Os resultados das provas da primeira chamada serão divulgados no dia 21 de outubro, a partir das 10 horas, no site www.cidadesp.edu.br e murais de aviso da Universidade. Já os resultados de segunda chamada serão divulgados no dia 23 de outubro, a partir das 15 horas. As matrículas dos aprovados em primeira chamada poderão ser feitas nos dias 21 e 22 de outubro, das 10 às 20 horas. Já os aprovados na segunda chamada farão matrículas nos dias 24 e 27 de outubro, das 10 às 20 horas.

Universidade Cidade de São Paulo

Rua Cesário Galeno, 475, Tatuapé (Estação Carrão do Metrô)

Tel.: 11 - 2178 1212 - www.cidadesp.edu.br

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Daniela Nogueira / Alexandre Rigonato

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Tels: (11) 2178-1283 / 3817-7941

Como Alavancar Sua Carreira

ARTIGO DA SEÇÃO "Entrevista"
JORNAL CARREIRA & SUCESSO - 21 de agosto de 2009 - 378ª. EDIÇÃO
Fabiano Caxito: como alavancar sua carreira




Você certamente já deve ter ouvido a música “Deixa a vida me levar”, cantada por Zeca Pagodinho. Mas, o que essa música tem a ver com carreiras profissionais?


Acredite, foi neste samba que Fabiano Caxito, doutorando emestre em administração estratégica e graduado em gestão financeira, encontrou o mote para o livro que acaba de lançar pela Editora Saraiva, Não deixo a vida me levar, a vida levo eu!. Nesta publicação, Caxito reúne pontos fundamentais para responder uma pergunta que muitas pessoas hoje se fazem: afinal, o que é importante para ser um profissional de sucesso – seja atuando numa empresa ou gerindo o próprio negócio?


Nessa entrevista, Caxito explica que o principal diferencial está em tomar as rédeas da vida profissional. Além disso, ele detalha alguns pontos tratados em seu livro e indica várias dicas super importantes para quem quer se aprimorar como profissional e alavancar sua carreira. O professor, que além da atuação acadêmica também trabalhou em grandes empresas, usa sua própria experiência como exemplo.

Fabiano Caxito é coordenador dos cursos de especialização em Logística das Operações Comerciais, Comércio Exterior e Gestão em Vendas da Universidade Cidade de São Paulo, instituição na qual é professor do curso de Graduação Tecnológica e assessor da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários, Culturais e de Extensão. É autor dos livros "Recrutamento e Seleção e Administração da Produção", publicados pela editora IESDE, e do "Guia dos Cursos Tecnológicos do Ensino Médio à pós-graduação em apenas 3 anos" (editora Digerati). Assina também a coluna “Acelere sua carreira”, da revista Yellow Magazine, de circulação mensal na cidade de São Paulo.

Acompanhe a entrevista!

Conte um pouco sobre sua experiência profissional nas empresas. Eu já atuei na área Comercial de grandes empresas, em especial a Ambev, na qual percorri todos os escalões da área Comercial, começando como repositor de produtos em supermercado, vendedor, supervisor de Marketing, supervisor de Vendas, gerente de Vendas, gerente Comercial e gerente de Planejamento Estratégico.

Como surgiu a ideia de escrever o livro “Não deixo a vida me levar, a vida levo eu!”? O livro surgiu da minha experiência como professor. Ao contar a história de minha mudança profissional, os alunos sempre ficavam muito interessados e pediam para que eu relatasse como foi o processo de mudança. Então, desenvolvi uma série de cursos de extensão, chamados "Acelere Sua Carreira", que abordam o planejamento de carreira, network, marketing pessoal, oratória.

O material desenvolvido para estes cursos se transformou em colunas mensais em uma revista paulistana, chamada Yellow Magazine. Depois, apresentei durante um ano um programa de rádio na Mundial FM, cujos temas passaram a ser discutidos com convidados e ouvintes e geraram uma grande quantidade de material, que deram origem ao livro.

Muitos profissionais se queixam que colecionam uma série de bons resultados, mas dificilmente conseguem promoções. Você já viveu isso? Sim. E este foi um dos motivos que me levaram a buscar uma nova carreira, mesmo me encontrando no auge de minha atuação profissional, aos 35 anos.

Os motivos que levam a esta estagnação da carreira podem estar relacionados com a empresa que não oferece novas oportunidades de crescimento. Mas acredito também que isso se deve ao profissional, que deixa de se desenvolver e se instala em uma zona de conforto.

O que você decidiu fazer quando se viu nessa situação? Fiz uma grande análise de minha vida pessoal e profissional. Descobri o que me deixava feliz em minha profissão (a oportunidade de conhecer pessoas, a possibilidade de realizar treinamentos e repassar conhecimentos, a vontade de aprender) e percebi que meu sonho era me tornar um professor. Mas, meu currículo, naquele momento, não permitia que eu exercesse esta função.

Então, tracei um plano de carreira e um plano de ação, com uma lista de todas as competências que precisava desenvolver para poder atuar como professor e como poderia desenvolver cada uma delas. E parti para a ação. Foram anos duros, em que eu emendava um trabalho estafante com uma jornada dupla de estudos. Durante um semestre, cursava o MBA e o mestrado, trabalhava na Ambev e lecionava duas noites. Mas todo o esforço valeu a pena, pois consegui redirecionar minha carreira e hoje, alio qualidade de vida com sucesso profissional e satisfação pessoal.

O que é importante para um profissional ter sucesso em sua carreira? Creio que uma série de competências estão interligadas a este assunto. Ter a correta e clara visão de seus objetivos de longo prazo, se planejar para alcançar estes objetivos, desenvolver um bom network, criar e investir em sua marca pessoal. Também é muito importante aprender a falar em público, a construir equipes de trabalho e a compartilhar esforços e resultados. O profissional precisa se apoiar em um tripé formado pela motivação, pela disciplina (para manter sempre seus objetivos em foco) e pela flexibilidade (para se adaptar as mudanças e continuar perseguindo seus objetivos).

Ter a sensação de carreira estacionada também é outra queixa muito comum. Nesse caso, o que o profissional deve fazer para acelerar sua carreira? Ele deve buscar desenvolver contatos e relações que possam proporcionar novas oportunidades de carreira e se preocupar em estudar sempre e desenvolver novas competências. O voluntariado é uma boa forma de abrir todo um novo leque de relações e de competências que o profissional não exercita em sua atividade atual.

O que o profissional deve fazer para refletir e escolher seus caminhos? Existe alguma técnica especial? Algum exercício?Esta análise não pode envolver somente a vida profissional. É muito difícil separar a vida profissional da pessoal. É importante que a pessoa analise quais são seus valores fundamentais. Valores são as coisas mais importantes nas quais uma pessoa acredita. São os seus princípios, convicções, crenças, seu propósito.

Esta é a pergunta que o profissional precisa se fazer: Qual é o propósito de sua vida profissional? O que o define como profissional? Que valores o guiam?

Nenhum valor é certo ou errado: ele deve fazer sentido para cada pessoa.

Manter-se atualizado é fundamental para os profissionais? Como fazer isso? Cursos de pós-graduação são realmente bons? Um profissional da área de Recursos Humanos me disse uma vez que, quando recebia uma quantidade muito grande de currículos para uma determinada vaga a ser preenchida, os separava em três pilhas: aqueles que não tinham nenhuma formação ou haviam estudado até o ensino médio formavam uma grande pilha. Os currículos dos candidatos com curso superior formavam uma pilha menor. E uma pequena quantidade de currículos de candidatos com pós-graduação formava a terceira pilha.

E é por esta pilha menor que o recrutador começava seu trabalho de análise. Se ele conseguisse encontrar entre os profissionais pós-graduados um candidato que atendesse aos requisitos da vaga, nem analisava o restante dos currículos. O que posso afirmar é que vale a pena fazer uma pós-graduação! Se já existe um salto no nível salarial entre os indivíduos que possuem ensino médio e aqueles que possuem curso superior, aquele que possui uma pós-graduação sobe mais um degrau.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2008 aponta que cada ano de estudo a mais aumenta 15,07% o salário do profissional. Outro dado importante que pode ser retirado da pesquisa realizada pela FGV é que quanto maior a escolaridade, maior a chance de ocupação, ou seja, diminui o tempo em busca de um emprego.

O que mais os profissionais precisam fazer para ser bem-sucedidos? Quem faz aquilo que gosta, faz bem feito. E quem faz bem feito é reconhecido profissionalmente. Então, acho que a grande chave para o sucesso profissional é gostar daquilo que faz. Se o profissional está insatisfeito com sua vida profissional tem dois caminhos: se conformar com isto, entrar em uma zona de conforto e passar o resto da vida reclamando da própria sorte. Ou tomar as rédeas da sua vida, descobrir o que gosta realmente de fazer e transformar isto em sua profissão.

Durante a entrevista, você falou sobre planos de ação e de carreira. O que são e como traçar esses planos? Um plano de carreira determina aonde você quer chegar profissionalmente. É o seu sonho. Mas este sonho precisa ser transformado em objetivos e metas. Uma meta é um sonho com data e tamanho determinados. Metas devem ser específicas, ter limites e dimensões, realistas e visualizáveis.

As metas são os sonhos traduzidos de forma quantificada e com prazos estabelecidos, pois desta forma poderá ter maior controle dos resultados alcançados. Definir um prazo e um tamanho para o sonho permite que ele seja mensurável, possibilitando a avaliação e o controle das ações que o levam em direção a seu sonho.

Já o plano de ação vai ajudar a determinar como chegar lá. Vamos dizer que o plano do profissional seja ser gerente administrativo de uma grande empresa. Ao analisar o perfil deste cargo, você percebe que é necessário ter cursado uma pós-graduação. Mas você ainda nem começou a faculdade. Como vai conseguir chegar lá? Esta é a função do plano de ação.

De posse das competências e de todos os detalhes necessários para que seu objetivo se realize, o plano de ação vai dizer ano a ano, e melhor ainda, mês a mês, tudo aquilo que você precisa fazer para se transformar no profissional que deseja ser.

Uma boa ferramenta para acompanhar seu plano de ação é escrever seu currículo como está atualmente. Depois, escreva seu currículo como ele será daqui a cinco anos. A cada seis meses, reescreva seu currículo e compare com seu currículo ideal.

Desta forma, você terá uma ferramenta prática para avaliar seu progresso em direção ao seu objetivo.

Na sua opinião, qual o problema mais recorrente aos profissionais de uma forma geral? Creio que é acreditar que quem deve determinar os rumos de sua carreira é a empresa. Esperar que a empresa pague um curso, invista em treinamento, o promova, etc. Mesmo que o profissional mude de empresa, continua achando que a responsabilidade pela sua carreira é da área de Recursos Humanos. Sua carreira é uma responsabilidade sua. Você deve determinar onde quer chegar.
O que significa a expressão “Usar o tanque reserva”? Quando determinamos nossos objetivos, sempre imaginamos que tudo acontecerá da melhor maneira possível e que todos os nossos sonhos se realizarão com facilidade. Porém, a realidade nem sempre é como sonhamos. Nossos planos e objetivos vão, diversas vezes, se chocar com planos e objetivos de outras pessoas.
Disciplina e flexibilidade são fundamentais para que você consiga manter-se motivado caso seus planos sejam frustrados ou atrapalhados por situações não esperadas. É neste momento que devemos usar todas as nossas energias que estão armazenadas para nos mantermos motivados a alcançar nossos objetivos.
As pessoas geralmente dizem que trabalham bem em grupo. Isso é verdade? Creio que não. E a culpa não é dos profissionais. A grande dificuldade em desenvolver equipes vencedoras está na própria cultura das empresas. Enquanto nos discursos se glorifica o trabalho em equipe, os programas de incentivo, bônus, prêmios e promoções valorizam o resultado de curto prazo e o individualismo.
As empresas querem a equipe, mas premiam o melhor. Querem o trabalho em conjunto, mas privilegiam uns em detrimento de outros, pregam a iniciativa e a criatividade, mas forçam os funcionários a se enquadrar e se conformar com a estrutura e as normas.


Você pode fazer a diferença: comece a construir sua marca pessoal desde já


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O autor do livro “Não deixo a vida me levar, a vida levo eu” (editora Saraiva) concede entrevista exclusiva para o portal Vida Universitária com conselhos e dicas para quem, apesar de ainda estar estudando, já se preocupa com a carreira.

1) Professor, o senhor que é professor universitário, escritor e traz em sua experiência uma prestigiosa carreira em grandes empresas. Que conselho daria aos universitários que, já a partir da faculdade, querem se preparar para a vida profissional?

Em primeiro lugar, acho fundamental que o universitário faça uma auto-análise para verificar se o curso que escolheu é realmente a profissão que deseja para a sua vida. Muitos jovens são pressionados pela família a optar por determinado curso sem levar em conta suas aptidões e desejos. Outros são influenciados por algum modismo, sem pensar que essa escolha os acompanhará pelo resto de suas vidas. Em minha experiência, descobri que quem não é feliz em sua profissão não é feliz na vida. É fundamental identificar algo que amamos, alguma coisa que nos completa, e transformá-la em profissão.

2) E a questão do estágio? A partir de que momento o universitário deve começar a pensar nele?

O estágio é fundamental para começar uma carreira. Sabemos que a grande maioria das empresas exige experiência, mesmo sabendo que os candidatos estão apenas começando. O estagio não só permite ao aluno aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, como é o primeiro passo para construir uma rede de relacionamentos profissionais.

3) Essa rede é o que chamamos de network? Como construir uma rede de contatos sólida ao longo da faculdade?

O curso superior é uma excelente oportunidade tanto de crescimento acadêmico, como de formação e ampliação da rede de contatos ou network – dois fatores fundamentais para a entrada no mercado de trabalho e posterior crescimento. Pense em quantos colegas de universidade já atuam, ou passarão a atuar nos próximos anos, em posições de chefia e gerência, tendo o poder de decidir, por exemplo, uma contratação.

4) Professor, e o marketing pessoal? O que pode ser feito nesse sentido a
partir da experiência universitária?

Uma marca é um nome, um termo, um signo ou um símbolo que tem a função de identificar a promessa de benefícios associada a bens e serviços, aumentando o valor de um produto e seu propósito funcional.
Vou dar um exemplo: o material e a mão-de-obra necessários para fazer uma calça jeans são sempre os mesmos – alguns metros de tecido, um zíper, um botão, linha e um certo número de horas de trabalho de uma boa costureira. Porque, então, enquanto uma calça jeans sem marca pode ser comprada por R$ 15,00 em lojas do Brás ou do Bom Retiro, uma calça semelhante, feita por uma grife famosa, chega a ser vendida por R$ 3.000,00 em lojas da Oscar Freire? O que diferencia uma da outra? A marca. O propósito funcional, que é vestir a pessoa, é atendido por ambas as calças. Mas a marca amplia este propósito. Ela também serve, por exemplo, para demonstrar status e poder de compra.

Uma pessoa pode ser uma marca. Pense em Michael Jordan, Gabriela Sabatini, Alex Atala, Washington Olivetto e tantos outros nomes que são verdadeiras grifes. O valor de um produto aumenta simplesmente por ter o nome de uma destas pessoas ligado a ele. Uma marca pessoal é um sinal de confiança. Atinge emoções que orientam nossas decisões. Muitos de seus atuais colegas de classe serão, no futuro, diretores, gerentes ou até mesmo empresários. E no momento em que estes profissionais precisarem indicar ou contratar alguém para sua equipe, quem você acha que ele irá indicar? Aquele aluno que vivia no bar da esquina, faltava aulas e quando esta em sala, só atrapalhava? Ou o aluno interessado que sempre fazia observações interessantes, era dedicado e que sabia trabalhar em grupo? Comece a construir sua marca pessoal desde já!

5) Algumas pessoas temem fazer marketing pessoal pois acreditam que
Dessa maneira estarão tendo uma atitude pouco profissional. Isso é verdade?

Um ponto fundamental para se construir uma boa marca pessoal é descobrir a sua especialidade. Michael Jordan foi um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos. Construiu uma das mais valorosas marcas pessoas. O nome Air Jordan assina uma das mais conhecidas e bem sucedidas linhas de artigos esportivos.

Quando se aposentou, Jordan quis começar uma nova carreira esportiva como jogador de baseball. Foi um erro. Ele nunca conseguiu ser um jogador ao menos mediano. Descubra o que você faz bem feito, qual é a sua especialidade, e se torne referência neste assunto. Assim, ficará mais fácil construir sua marca. A marca pessoal deve ser construída por meio dos resultados que você obtém. Algumas pessoas erram exatamente por anunciar mais do que fazem ou por tentarem assumir como seus resultados que foram construídos por outros.

6) Quais são os erros mais comuns de um estudante com relação ao seu
preparo para entrar no mercado de trabalho?

Acho que o principal erro é considerar que o diploma, por si só, trará a garantia de sucesso profissional. A quantidade de informação e conhecimento gerada a cada dia é gigantesca. O que era verdade ontem já deixou de ser hoje. Os conhecimentos adquiridos em qualquer curso superior, por melhor que seja a instituição, estarão desatualizados nos próximos anos. No mercado de trabalho atual, formação superior é um requisito qualificador, ou seja, é imprescindível para que você possa entrar no jogo. Mas o que o tornará um profissional diferenciado é continuar estudando continuamente. A educação é para a toda vida.

7) O que o senhor aconselha nesse sentido?

Temos eventos nacionais são de altíssimo nível, como, por exemplo, os organizados pela HSM Management, que já trouxe ao Brasil grandes gurus da administração, tais como Peter Drucker e Michael Porter.
O importante, ao se escolher um destes cursos, é verificar a qualidade da instituição que o organiza, o conhecimento e competência dos palestrantes e professores, a adequação do tema aos seus objetivos profissionais e o corpo discente, ou seja, quem são os alunos. Nào esqueça de que ali, qualquer que seja o curso, este é um momento ideal para aumentar a sua rede de relacionamentos, sua network, outro ponto comum a profissionais de sucesso.

8) Quando um estudante universitário deve começar a pensar na continuidade
de seus estudos? Um MBA é sempre a melhor alternativa?

Um curso de pós-graduação,seja Lato Sensu ou Stricto Sensu fará a diferença na carreira profissional. Se já existe um salto no nível salarial entre os indivíduos que possuem ensino médio e aqueles que possuem curso superior, aquele que possuem uma pós-graduação sobe mais um degrau. Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2008 aponta que cada ano de estudo a mais aumenta
15,07% o salário do profissional.

Outro dado importante que pode ser retirado dessa pesquisa é que, quanto maior a escolaridade, maior a chance de ocupação, ou seja, menor o tempo gasto em busca de um emprego.

9) Quais as opções de especialização mais comuns?

Os cursos de pós-graduação Lato Sensu são voltados para o nível de especialização, mais direcionados à área profissional, de mercado, e com caráter de educação continuada. Têm carga horária mínima de 360 horas. Nesta categoria estão os cursos de especialização, os cursos de aperfeiçoamento e os cursos designados como MBA (Master Business Administration), que se tornaram muito comuns no Brasil nos últimos anos.

Ao contrário do que acontece nos Estados Unidos e na Europa, onde são cursos Stricto Sensu, os cursos de MBA brasileiros possuem natureza e nível equivalentes aos programas de Pós-graduação Lato Sensu.
O objetivo do MBA é proporcionar ao formando uma visão global do funcionamento de uma empresa, capacitando-o a dirigi-la, já que, além dos aspectos técnicos de cada área, a liderança também é desenvolvida.O MBA, por natureza, é um curso com conteúdo generalista, onde o aluno adquire uma visão abrangente, e não especifica do ambiente dos negócios. Assim, seu currículo inclui disciplinas relacionadas à economia, finanças, marketing, administração estratégica, contabilidade gerencial e comportamento organizacional.

Porém, ao lado de cursos reconhecidamente excelentes, existem muitos cursos são vendidos como MBA, mas que em nada diferem de um curso de especialização Lato Sensu.

10) Como escolher o curso certo para cada caso?

Antes de decidir cursar um MBA, é importante realizar uma pesquisa sobre as diversas ofertas que existem no mercado. Guias como o da Revista Você S.A. e da Revista Exame, que anualmente classificam os melhores cursos do país, podem ser como um bom parâmetro de decisão. Normalmente mais caros e com uma carga horária mais pesada do que os cursos de especialização Lato Sensu, os MBA cresceram de forma tão acelerada nos últimos anos que, em algumas áreas do mercado de trabalho, como a financeira, deixaram de ser um diferencial para quem quer buscar uma boa colocação, passando a quase uma obrigação.

O investimento ainda vale a pena, mas é importante selecionar adequadamente a instituição. Atualmente, coordeno os MBAs em Gestão Comercial, Transportes Urbanos e Supply Chain Management da Universidade Cidade de São Paulo (www.cidadesp.edu.br), que são cursos de excelente nivel acadêmico.

11) Professor, muito obrigado pela entrevista.

Foi um prazer. Aproveito para parabenizá-los pelo excelente portal. É muito bom que os universitários possam contar com um espaço tão completo e atualizado.

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Céu de brigadeiro

Vaga: tecnólogos têm se dado bem no momento de conquistar um emprego, aponta pesquisa do Centro Paula Souza

O momento é favorável a procurar emprego, de acordo com o professor e mestre em Administração Fabiano Caxito. “As empresas estão contratando, há uma demanda reprimida e o governo está investindo nos tecnólogos”, aposta ele, que faz uma análise do mercado em Guia de Cursos Tecnológicos 2009 – Do Ensino Médio à Pós-graduação em Apenas Três Anos! (Digerati Books). “Se por um lado o mercado está saturado de administradores, advogados, economistas, profissionais tradicionais e generalistas, existe uma grande demanda por pessoas focadas em uma área. As empresas querem que os profissionais, cada vez mais especializados, sejam capazes de resolver problemas práticos do cotidiano do trabalho.”

Os tecnólogos têm se saído bem na hora de conseguir emprego. Pesquisa realizada em 2009 pelo Sistema de Avaliação Institucional do Centro Paula Souza aponta que 92,8% dos alunos formados pelas Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estão empregados um ano depois de formados. Desses, 94,5% têm vínculo formal de trabalho. Nesse tempo, o nível salarial também cresceu. Um ano após o término dos estudos, 17% saíram da faixa de até três salários mínimos para remunerações maiores. Na média, os concluintes ganham quatro salários mínimos e, após um ano, passam a receber 5,5 salários mínimos.

Entre os setores contemplados pelos cursos das Fatecs, os que mais empregam ex-alunos da instituição são indústria (24,1%), informática (21%) e serviços (20,7%). A pesquisa aponta que o comércio foi responsável por 4,6% das contratações e a construção civil, 4%. As grandes empresas foram as que mais contrataram (40%), seguidas pelas médias (19,5%) e pelo serviço público (18,9%).

O gerente de administração dos cursos superiores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP), Newton Luders Marchi, também tem boas notícias para os futuros tecnólogos. Segundo ele, a inserção no mercado de trabalho entre os formados pela instituição é de 90%. Em alguns casos, chega a 100%.

Ainda uma certa confusão

Cenário: embora mínimas, algumas restrições aos tecnólogos prevalecem, mas, aos poucos, a mentalidade empresarial se transforma

Ainda há um certo preconceito rondando os cursos que formam tecnólogos. Angelo Luiz Cortelazzo, responsável pela Coordenadoria de Graduação do Centro Paula Souza, diz que as restrições têm diminuído, porém ainda existem. E credita as conclusões precipitadas à falta de conhecimento. Segundo ele, há confusão entre técnico e tecnológico. “O técnico corresponde ao ensino médio, faz parte da educação básica. O tecnólogico faz parte do ensino superior”, esclarece Cortelazzo, alertando para a existência de cursos sequenciais, que não são considerados de graduação.

Fernando Leme do Prado, presidente da Anet, observa que há restrições, ainda que mínimas, a tecnólogos, mas ressalta que a aceitação desses profissionais já é ampla. “Coisas novas levam um tempo para serem absorvidas, são vistas com incerteza, insegurança, desconfiança”, pondera.

A aceitação dos alunos formados em cursos tecnológicos foi tema de pesquisa coordenada em 2008 pelo professor e mestre em Administração Fabiano Caxito, cujos resultados foram apresentados em Guia de Cursos Tecnológicos 2009 – Do Ensino Médio à Pós-graduação em Apenas Três Anos! (Digerati Books). A partir dos dados coletados em empresas paulistanas, concluiu-se que o mercado não aceita completamente o tecnólogo como profissional de nível superior. “Essa não-aceitação parece estar ligada a um desconhecimento da estruturação e dos objetivos dos cursos tecnológicos. O grau de aceitação dos alunos entre as empresas nas quais os profissionais de RH demonstraram conhecer tais cursos é maior do que o encontrado entre as empresas que desconhecem os objetivos da graduação tecnológica”, escreve Caxito, que também é autor de Não Deixo a Vida me Levar, a Vida Levo eu! (Saraiva).

Os pesquisadores ainda constataram que a experiência profissional e os cursos de pós-graduação também têm influência sobre o grau de aceitação de tecnólogos. No estudo, a pós foi a variável que mais influenciou a contratação e aumentou o grau de aceitação em 47,6%.


Jovem Pan: Fabiano Caxito

A geração Y é formada pelas pessoas que nasceram após os anos 80, inseridas na realidade tecnológica e familiarizadas com computadores e alta tecnologia. Sobre o assunto falamos com o autor e consultor para a área de gestão de carreiras, Fabiano Caxito. Confira!





Jovem Pan: Fabiano Caxito

Jovem Pan: Fabiano Caxito

A geração Y é formada pelas pessoas que nasceram após os anos 80, inseridas na realidade tecnológica e familiarizadas com computadores e alta tecnologia. Sobre o assunto falamos com o autor e consultor para a área de gestão de carreiras, Fabiano Caxito. Confira!



Jovem Pan: Fabiano Caxito

Videogame é fator marcante na formação cultural da Geração Y

The small businessman

Os gamers têm um pouco da noção do que o videogame representa para o mundo, mas muitas pessoas desconhecem suas qualidades. Para agregar ainda mais a esta ideia, segue um trecho da entrevista do professor Fabiano Caxito, doutorando e mestre em administração estratégica e graduado em gestão financeira, a repórter da Jovem Pan, Luciana Ferreira, no programa Espaço Online, da Jovem Pan. Caxito afirma que o videogame é um fator marcante para a formação de cultura do jovem conhecido como Geração Y.

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Saiba trabalhar em equipe

Permita-se encontrar pessoas que, exatamente por serem diferentes, o completarão e o ajudarão a conquistar resultados que, sozinho, você não alcançaria

* Por Fabiano Caxito

A maior parte dos resultados profissionais que obtemos se deve não somente a nós, mas dependem do envolvimento e dedicação de outras pessoas, sejam nossos subordinados, companheiros, amigos, familiares e até mesmo clientes.

A grande dificuldade que encontremos para aprender a trabalhar em equipe vem da própria cultura das empresas. Enquanto nos discursos se glorifica o trabalho em equipe, os programas de incentivo, bônus, prêmios e promoções valorizam o resultado de curto prazo e o individualismo.

As empresas querem a equipe, mas premiam o melhor. Querem o trabalho em conjunto, mas privilegiam uns em detrimento de outros, pregam a iniciativa e a criatividade, mas forçam os funcionários a se enquadrar e se conformar com a estrutura e as normas.

Talvez por isso uma das frases que mais se ouve nos corredores das empresas é "Faço Muito, Mas Ninguém Reconhece!". Esta sensação leva à desmotivação e a perda de talentos, que acabam por buscar novas oportunidades. Isso, no melhor dos casos!

Como somos incentivados a valorizar o individualismo, passamos a considerar que somente podemos contar com o nosso trabalho. E daí para achar que o nosso jeito de fazer as coisas é o melhor jeito é um passo.

Não percebemos que as pessoas são diferentes de nós e que isto não é ruim. Muito pelo contrário. A diferença nos enriquece e nos completa.

Não dizem que os opostos de atraem e se completam? Isso é verdade nos relacionamentos pessoais e amorosos. Mas nos nossos relacionamentos profissionais, queremos que todos sejam iguais a nós, que pensem da mesma forma, que não discutam nossas decisões e concordem com nossas opiniões.

Lembre-se: as pessoas são diferentes, e ser diferente significa apenas ser diferente: nem melhor, nem pior. Permita-se encontrar pessoas que, exatamente por serem diferentes, o completarão e o ajudarão a conquistar resultados que, sozinho, você não alcançaria.

Aos 30 anos de idade, eu estava começando minha vida profissional do zero. E tive a grande sorte de contar com dois auxiliares, Jefferson e Sérgio, que foram os grandes responsáveis pelo início de uma carreira ascendente. Sem se importar em receber hora extra ou reconhecimento pessoal, os dois dividirão comigo noites e madrugadas de dedicação total. Os dois foram os responsáveis pela minha promoção à Supervisor de Vendas em apenas 4 meses.

Quando assumi a equipe de 9 vendedores, eles estavam completamente desmotivados. Eram considerados os piores vendedores e por isso, atendiam as piores rotas de clientes. O fato é que, em menos de um ano, nossa equipe era campeã de vendas, os vendedores recebiam os melhores salários da distribuidora e ganhavam a maioria dos prêmios e bônus, e fui promovido a Gerente de Vendas.

E qual o segredo? Nenhum! Simplesmente ouvi e respeitei a opinião de todos. Criamos uma cultura de equipe na qual todos se sentiam responsáveis pelos resultados de todos, e portanto, se importavam e queriam ajudar. E dividimos os resultados financeiros e de reconhecimento.

Hoje, quase 10 anos depois, tenho a grande sorte de contar, novamente, com uma grande equipe, meus sócios e assistentes. Com a ajuda deles, a dedicação e o comprometimento, tenho certeza de meu ano de 2010 será cheio de conquistas.

E você? Já construiu sua equipe?


Evento "Geração Y"


Evento "Geração Y"


Algumas fotos do evento.










Evento "Geração Y"

Possante como um Jato, Veloz como um foguete

Desta vez, minha coluna vai ser um pouco diferente das outras. Sempre falo da importância do planejamento e do plano de ação para o sucesso profissional. Outro ponto que sempre defendo é que devemos amar o que fazemos e que transformar nossa paixão em carreira, pois desta forma seremos felizes profissionalmente.

Porém, mesmo gostando do que fazemos, muitas vezes nos pegando trabalhando como loucos, nos tornamos workaholics, viciados em trabalho, pensando apenas no resultado e nos esquecendo das outras coisas importantes para a nossa vida. E o que me despertou para esta verdade é uma fonte um tanto inesperada.

Meu filho de 1 ano e meio, Theo, adora o filme “Carros” da Disney. O personagem principal, Relâmpago McQueen, é um grande viciado em trabalho. Só pensa nos seus objetivos (ganhar o principal campeonato de corridas), não tem amigos e só pensa na fama e dinheiro que conseguirá ao se tornar campeão. Ao se perder na estrada e passar uma semana em uma pequena cidade do interior, aprende a se importar com as outras pessoas, o valor da amizade e do amor. E se torna um verdadeiro campeão.

O aparentemente inocente e divertido filme, na verdade, traz uma importante mensagem a todos nós, que, por vezes, perdemos o rumo no meio da estrada em direção a nossos objetivos. Manter nosso objetivo em foco é importante, desde que isso não nos faça esquecer o devido valor das relações, das pessoas e dos pequenos momentos felizes de nossa vida.

Duas cenas do filme ilustram bem esta mensagem. Na primeira delas, Sally, uma ex-advogada que largou a profissão, o glamour e o dinheiro para se tornar dona de uma pousada no interior, explica a McQueen como as pequenas cidades (e toda o estilo de vida que elas representavam) foram destruídas pela construção das grandes auto-estradas. “Sacrificaram as cidades para ganhar 10 minutos de viagem”, diz ela.

Quantas vezes sacrificamos as pessoas que estão a nossa volta para ganhar 10 minutos no trabalho? Para responder aquele email profissional? Ou para atender a ligação da empresa?

Em outra cena memorável, Relâmpago McQueen acelera demais em uma curva e acaba em um buraco, em meio aos cactos. Doc Hudson, o experiente carro de corrida que se torna seu mentor, pergunta “isto foi rápido como um raio ou veloz como um foguete? Eu estou confuso!” caçoando da frase sempre proferida pelo próprio McQueen em todas as corridas.

O que Doc Hudson quer dizer é: nem sempre a melhor estratégia é acelerar como um louco em direção ao objetivo. Às vezes, é preciso diminuir o ritmo, observar o ambiente, aprender com as outras pessoas, repensar os objetivos. E desta forma, aprender a forma certa de fazer a curva e chegar aos objetivos.

Então, minha mensagem desta coluna é: Tenha um objetivo profissional. Desenhe seu plano de carreira e um plano de ação. Mantenha o foco em seus objetivos. Mas não deixe de valorizar o caminho, as pessoas que encontra e o momento atual.

Senão, você pode até alcançar o seu objetivo. Mas pode descobrir que, dependendo da forma como ele é alcançado, não passa de uma taça vazia, como diz Doc Hudson à Relâmpago Mcqueen.